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Afonso I de Portugal

  • Foto do escritor: Spectar
    Spectar
  • 18 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de ago. de 2023

Corria o ano de 1179, fria e nebulosa era a manhã. Nos seus agasalhos aconchegado o santo padre, que de santo só tem o nome, passeava meditativo;



tinha que resolver um problema na longínqua Ibéria, os Portucalenses, descendentes dos Lusitanos, que outrora tinham combatido os romanos e derrotado por diversas vezes as legiões de César, estavam a criar problemas e situações embaraçosas, queriam formar o seu reino e lutar contra a mourama que ocupava terra cristã, anseio ancestral arraigado às terras de entre Douro e Minho.

Mas o rei de Leão e Castela, poderoso e ávido daquelas terras, opunha-se, tinha mais poder e era mais interessante para os jogos políticos que Alexandre III executava em nome da santa igreja.


É verdade que em 1143 Portugal já fora reconhecido como reino independente por Afonso VII, pelo tratado de Zamora, mas este reconhecimento escondia o desejo de Afonso VII se tornar imperador da Hispânia e tomar Afonso I de Portugal como seu vassalo. Desejo inocente para quem pensou que Afonso I de Portugal se tornaria vassalo.

Enquanto percorria os corredores ladeados de pedra fria, envolto em pensamentos de questões terrenas, tocou de leve no pesado crucifixo, ouro e pedras preciosas ornavam o corpo macerado de Cristo e um arrepio percorreu o seu corpo. Com um desvio brusco de sua cabeça desviou o pensamento espiritual, que no momento o ocupou e, novamente, se embrenhou na questão política: que anseio leva o espírito humano a gritar liberdade e a lutar pela sua identidade?

Bem, se esse povo, com tanto ardor defende a terra que é sua e quer libertar a terra cristã ocupada pelos infiéis desde séculos, seja declarado e reconhecido o reino de Portugal e Afonso Henriques seu Rei, vassalo da Santa Igreja.

Assim nasceu Portugal…


Alma Lusa


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